Os dias da Pandemia – I

“Temos de começar a encontrarmo-nos mais vezes.”

 

 

Lembro-me da última vez a que fui a um restaurante com a minha família por essa altura.

Depois disso, duma forma insidiosa, caiu sobre a cidade um manto de silêncio.

As ruas, vazias. As lojas, fechadas. O planeta parou e tudo parou com ele.

Tenho a sorte de sair de casa e conduzir meia dúzia de quilómetros de casa para o consultório onde trabalho e é raro ver outro carro ou ver alguém a andar na rua.

Pressente-se o medo. Como aquele perfume que vem da terra depois duma chuvada copiosa. Ele penetra pelas frestas das portas e janelas, trespassa as telas dos televisores e vem instalar-se sub-repticiamente nas nossas mentes.

Como há uma centena de anos atrás, na gripe espanhola, o ar azedou, anda envenenado e é um veneno invisível, incolor e inodoro. O pior é que pode matar.

Usamos luvas e máscaras e deixamos os sapatos à porta de casa.

Mesmo assim, o veneno pode passar…

Alguns de nós deixámos de visitar os nossos avós ou amigos queridos.

É este ar envenenado que nos veio ensinar que afinal nada do que temos é garantido. Que a proximidade daqueles que amamos é muito mais valiosa do que antes supúnhamos. Que afinal, não é impossível parar com a destruição do planeta.

Multiplicam-se as mensagens de WhatsApp, muitas delas inegavelmente inspiradoras, de que esta experiência humana veio ensinar-nos que tudo é possível para uma humanidade que julgava este planeta como perdido.

Até aqui todos de acordo, mas fica por fazer a pergunta mais importante.

Nós – ou a maioria de nós – que vivia a vida a correr, sair de casa por vezes sem pequeno-almoço, sempre em stress com horários para tudo, sem tempo para pensar nem sentir, chegar à noite, cair no sofá a espairecer fazendo zapping com o comando da televisão sem vontade nem ânimo para ver fosse o que fosse e cair na cama porque amanhã é outro destes dias, eles são todos iguais e só me apetece é morrer, será que há saída para isto? – Nós, ou a maioria de nós, mais do que percebermos que o planeta tem salvação e que este vírus pode afinal ser um mensageiro de esperança (mas também de luto) – nós, a maioria de nós – fica a pergunta: o que podemos mudar interiormente nesta oportunidade que a pandemia nos deu? O que trouxe de bom esta pausa na nossa cega corrida do dia-a-dia? Como estamos a aproveitar a disponibilidade que esta circunstância nos trouxe?

Por vezes paro, desligo a televisão ou o computador ou paro de fazer seja o que for com que esteja ocupado por 15 minutos, e respiro fundo – não, não é preciso meditar formalmente, não preciso duma almofada, nem de fechar os olhos para me concentrar – paro, tento respirar só um pouco mais devagar, e tento auscultar o meu corpo – “Como será que tu estás? Como estás a reagir a isto tudo? Será que andas mais tenso ou mais relaxado?” – tento auscultar o meu coração – “Esta ansiedade que eu sinto é provavelmente natural, estas saudades também, mas esta angústia que vem de vez em quando… deixa-me senti-la. Deixa-me parar de fugir dela. Deixa-me dizer-lhe que estou aqui para lhe dar as mãos e tentar compreendê-la” – e tento auscultar os meus pensamentos – “Que raio é esta imagem que me veio à mente? Porque é que me ocorreu esta recordação? O que é que eu tenho vindo a dizer a mim próprio? E o que digo para mim e sobre mim faz-me bem ou derrota-me e faz-me mal?”

Finalmente eu posso criar momentos onde, mais do que tudo, eu me possa encontrar comigo próprio, livre de julgamentos e autocríticas, apenas um abraço que não negaríamos a um amigo mais próximo, sem lamechices, um abraço honesto e dizer-lhe: “- Ando há tanto tempo esquecido de ti. Temos de começar a encontrarmo-nos mais vezes.”

Aquele silêncio pode vir depois deste silêncio, onde aprendemos a estar mais acompanhados, onde aprendemos a nos reencontrar, a respirar e a sermos um pouco mais generosos connosco próprios.

João Parente – Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta

É sempre tempo de construir o caminho

caminhos

Tantas vezes fazemos planos para o novo ano, mas na realidade todos os dias são oportunidades de construirmos o nosso caminho, seja prosseguindo o que iniciámos, seja interrompendo, seja mudando o curso, ou simplesmente alterando a velocidade e/ou a direcção.

Fazer caminhadas, prática aconselhável para a nossa saúde e ao alcance de todos, é o que acontece quando numa determinada altura decidimos caminhar num determinado local, durante um determinado tempo. No entanto, duma forma ou de outra, todos nós, sem tomar expressamente a decisão de o fazer, andamos quando nos deslocamos de um lado para o outro, ainda que seja pouco, ainda que seja em locais poluídos, ainda que seja de forma pouco consciente ou escolhida, apenas porque é a forma de nos deslocarmos para fazer isto ou aquilo, mas, por vezes também, sem que daí resultem grandes benefícios para a saúde.

Vemos portanto, que podemos caminhar sem grande consciência de o fazer, ou podemos fazê-lo de um modo mais consciente e voluntário, porque gostamos, ou para nos sentirmos mais saudáveis.

Tomemos agora a nossa vida como um caminho… Como nos diz o poeta António Machado: Não há caminho, o caminho faz-se ao andar.

O caminho é o espaço que separa o nosso nascimento da nossa morte. É o tempo -duração- que medeia entre o primeiro choro e o último suspiro. Mas esse espaço/tempo somos nós que o preenchemos. Os passos serão nossos, o ritmo será nosso e as direcções escolhidas também. Então o caminho é o percurso que formos construindo entre esses dois marcos.

É certo que a liberdade nunca é total (de resto, se o fosse, impediria qualquer compromisso…), é certo também que, para além da herança genética, o ambiente sócio-económico, cultural, educacional e político do país, local, família, tempo em que nascemos, são alguns dos factores determinantes. Há sempre constrangimentos. Todos os temos, maiores ou menores, duma ou de outra ordem. Mas existe sempre, também, espaço para transformação e mudança, espaço de liberdade e crescimento, também estes, factores determinantes.

Quando sentimos esse espaço de liberdade como não suficiente, talvez seja necessário começar por alarga-lo, já que nos sufoca e nos impede de andar.

Contudo, é bom não esquecer, que muitas vezes, somos nós próprios, por variadíssimas razões, a prender-nos, a tolher a nossa própria liberdade, a impedir-nos de caminhar.

Ficamos então a funcionar num espaço/tempo entre nascimento e morte como se esse fosse o nosso próprio percurso, aquele que o destino nos concedeu, não tendo consciência que essa existência sem marca, não tem de ser a nossa vida, sendo apenas o tempo, o acaso e as circunstâncias a desenrolarem-se e a exporem-se perante nós, ficando nós como espectadores que reagem ou não, mas não agem nem sobre si nem sobre o ambiente.

Ao perdermos a oportunidade de transformar a nossa existência/duração e as suas circunstâncias na nossa própria vida, ao não agarramos nessa existência – essa massa informe – para lhe dar forma, limitamo-nos a habitar um espaço e um tempo, sem vontade nem alento, como se alguém, que não nós, pudesse indicar-nos e escolher o nosso caminho melhor do que nós mesmos.

Se qualquer de nós é único, porque haveria de ser o nosso caminho ou o ritmo a que o percorremos, igual ao de um outro?

Como poderá qualquer outro ter a ousadia de saber qual deverá ser o meu caminho?

Por vezes andamos perdidos e confusos. Se aceitarmos esse tempo como necessário e como fazendo parte do nosso caminho, um compasso de espera para tomarmos decisões, poderemos tolerar melhor esses momentos de incerteza. Tão desajustado e perigoso pode ser navegar continuamente contra a corrente, como deixar-nos constantemente ir ao seu sabor. No primeiro caso podemos consumir demasiada energia e não conseguirmos usufruir de tranquilidade, no segundo caso, podemos desaguar onde não queremos, sem nos realizamos, sem nos cumprirmos. Saber escolher alturas e tempos para optar por um ou por outro é fundamental.

Caminhar com saúde mental é construir o caminho sabendo dosear esforço e repouso, sabendo observar, escutar, sentir, reflectir, agir e reagir, sabendo planear, mas também improvisar e aceitar o imprevisto.

É fundamental ganhar consciência de que a vida não é nem uma corrida, nem um concurso de perfeição, nem uma competição. É uma construção pessoal única, irrepetível e inigualável. Sempre!

Esse processo de criação do nosso próprio caminho está cheia de aprendizagens, em que os “erros” fazem parte. Medo de errar é medo de viver, é receio de caminhar e, no entanto, a morte não chegará mais tarde por isso, apenas surgirá com um sabor mais amargo, o sabor do vazio de não se ter construído um caminho.

Caminhar é uma descoberta, do próprio, dos outros e da vida, porque, se “não há caminho”, então ele não é mais do que o nosso próprio desenvolvimento e construção, às vezes por tentativa e erro, em que não deve haver receio de retroceder, de cair, de sair magoado, de fazer um desvio, de parar… Enfim, de fazer desse caminhar uma aventura, nuns dias mais ousada, noutros mais previsível e calma, numas alturas com acontecimentos que nos transcendem, noutras, colhendo os frutos do que fomos semeando (conscientemente ou não…), por vezes sozinhos, outras acompanhado, numa viagem que se deseja plena de autorrealização.

Quanto mais realizados nos sentirmos neste caminhar, melhor será a nossa saúde e bem-estar, melhor estaremos connosco e com os outros, mais preparadas estaremos para o final do caminho.

Cristina Marreiros da Cunha – Psicóloga e Psicoterapeuta

Reforma, um Novo Rumo

Reforma, um Novo Rumo

«O tempo pergunta ao tempo, quanto tempo o tempo tem. O tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem»

Trava-línguas, ladainha popular

Com o aumento da esperança de vida, os anos após a reforma, podem ser o tempo com que sempre sonhou, o tempo em que tem tempo, o tempo em que se pode dedicar a alguma coisa que, até agora, nunca teve oportunidade, enfim, um tempo de seguir um novo rumo.

Contudo, este tempo pode também representar um tempo em que pensa que já não está a viver, está apenas à espera de morrer, pode ser um tempo armadilhado, em vez dum oásis que se concretiza. Cabe-nos tomar disso consciência e não cair nessa armadilha.

É necessário fazer planos para esta nova fase da vida. Até mesmo, o plano de não planear durante uns tempos. Esta é uma fase que se, por um lado, lhe pode trazer algumas dificuldades, sobretudo, à medida que a idade vai avançando, por outro lado também trás a sabedoria dos anos e uma nova forma de olhar a vida, cheia de experiência que só pode ser útil e permitirá proporcionar tranquilidade e pacificação.

No início da reforma há, geralmente, uma grande sensação de alívio. Acabaram-se correrias, horários, tarefas, quantas vezes aborrecidas e, finalmente, há tempo, o tal tempo com que sonhava… Mas, por vezes, após esta sensação de alívio, de leveza, de contentamento e também de descanso, pode surgir o desencanto, alguma tristeza, e uma sensação de vazio. Nessa altura precisa de se reorientar, precisa de traçar o seu novo caminho, podendo continuar a dar o seu contributo de novas formas. E, talvez precise de ajuda psicoterapeutica para ajudar a processar alguns pensamentos contraditórios e emoções que se apoderam de si sem saber donde vêm, porque cá estão, e o que lhes há-de fazer. Quantas vezes são sensações e pensamentos já seus conhecidos, mas que nunca tiveram grande oportunidade de ser verdadeiramente escutados, vividos, analisados. Quem sabe, talvez seja agora a oportunidade de conseguir olhar a sua vida como um todo coerente, o que lhe permitirá escolher melhor os passos a dar no tempo que ainda tem para viver. Certamente, não será uma solução agradável apenas sobreviver de uma forma revoltada amargurada ou resignada. A aceitação do envelhecimento e da morte como fim inevitável, é fundamental para se aceitar a vida e vivê-la por inteiro com menor sofrimento.

Após a reforma, sabemos o quanto é fundamental mantermo-nos activos. Exercício físico, cuidados com a alimentação, com a hidratação, talvez redobrados, e a ocupação da mente em actividades que nos façam sentir realizados são essenciais.

A qualidade de vida que conseguimos perceber na nossa própria vida é dos factores mais importantes para a satisfação com que vivemos os anos que temos pela frente. E, se nem tudo depende de nós, a verdade é que é da parte que depende que temos de cuidar para melhor decidir.

A forma como olhamos a reforma, o modo como olhamos a doença, as dificuldades que vão surgindo, as dores, as perdas que vamos contabilizando, amigos e familiares que desaparecem para sempre e que nos fazem pensar na nossa própria morte, tudo isto nos atinge e tem de ser vivido, mas pode e deve ser encarado como inerente à própria vida e como uma oportunidade de nos adaptarmos, percebendo o que pode ser ultrapassado ou recuperado e o que não pode. É possível aprender a conviver em harmonia com a realidade e encontrar formas satisfatórias de a viver. É possível e recomendável envolvermo-nos em projectos que nos façam sentir bem.

Ao longo das nossas vidas vamos tentando encontrar sentido em tudo o que fazemos e em tudo o que nos acontece. Chegados a uma idade avançada, esta ideia de relembrar o passado para melhor podermos viver, compreender e aceitar o presente torna-se, cada vez mais, uma forma de estarmos bem connosco e com os que nos rodeiam.

Recordar, passear, conversar, conviver, pensar, escrever, partilhar, usufruir, colaborar, ouvir música, repousar, fazer algo que nos dá prazer, que nos faz sentir bem e viver com tranquilidade, é o caminho para sentirmos que, se é certo que a morte é certa, também é certo que enquanto estamos vivos, podemos ir construindo o nosso bem-estar por cá.

Cristina Marreiros da Cunha – Psicóloga e Psicoterapeuta

Quem sou eu quando não faço nada?

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“Sou eu…” mas a dúvida instala-se com o fantasma dos lados temíveis desta afirmação tais como: “Sou preguiçoso(a)”, “sou vergonhoso(a)”, “sou insignificante”, “sou uma desilusão”, “sou diferente”, “sou nada…” ameaçadoras respostas para uma inocente questão.

A dificuldade em parar é um problema encontrado por algumas pessoas e que na grande maioria das vezes nem o entendem enquanto tal na sua vida. Na realidade tem sido ou foi durante anos parte da solução que encontraram para manterem o movimento e evitarem o contacto com aspectos de si que estimam, na grande maioria das vezes, serem maus.

O quebrar deste ciclo é dificultado porque, às vezes, até já se experimentou mas foi-se criticado, originando e reforçando assim a pressa e a aflição de não se parar. Ou, de outro modo, porque se tem muito medo de que exista um vazio no “nada” ou de viver uma antecipada auto-decepção com o experimentar que não sou nada de bom se não me mantiver em movimento.

Mas existe uma clara distinção entre aquilo que se sente/acredita acerca de algo e aquilo que imaginamos sentir ou acreditar.

Quando vivemos a paragem conseguimos perceber a segurança ou a vulnerabilidade que a mesma nos acresce, conseguimos perceber a qualidade do que fazemos para os outros e do que fazemos e precisamos para nós próprios. Mas sobretudo leva-nos a conseguir controlar a nossa paragem enquanto uma autorizada e real escolha e não enquanto uma fuga descontrolada que o perigo subjectivo de parar nos traz.

O conceito de “não fazer nada” também está vulgarmente associado a dois P´s importantes: o de Prazer e o de Perdido(a).

O prazer de não fazer nada não se liga bem, por um lado, com a voraz instrução educacional de esforço contínuo na vida e, por outro, com o “E agora?” que a paragem levanta. O autor Jorge Bucay defende sabiamente que o esforço só serve para prisão de ventre pois nada de verdadeiramente valioso na vida se consegue com esforço (não confundir com trabalho, disciplina e dedicação).

Digamos que é um aprender a “não fazer nada” produtivamente! Aquele em que não fazer é fazer. Aquele que se eliminam os resíduos do movimento contínuo e faz nascer/criar coisas substituindo o guião predestinado do nosso quotidiano e de nós próprios.

Esta vivência pode ser um bónus e não uma perda vazia na medida em que descobrimos potências das nossas pessoas que não têm espaço para aparecer com o medo do “nada” ser um “nada” mau.

Rita dos Santos Duarte – Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta

Pelo seu bem-estar, medite!

meditação

A prática diária de meditação, permite-nos relaxar, observarmo-nos e conectarmo-nos connosco próprios duma forma mais presente, no aqui e agora, com inúmeros benefícios quer na nossa saúde física, quer na nossa saúde mental. Esta prática não é exclusiva dos monges budistas e está ao alcance de todos nós. Basta querer e procurar informação, pois é muito simples e gratuita.

Antes de mais, liberte-se da ideia de que não irá conseguir ou de que é muito difícil e predisponha-se apenas a experimentar, sem pressa e ao seu ritmo.

Existem vários grupos com cursos iniciais de meditação. Quando realizada em casa, é aconselhável escolher um local tranquilo e reduzir a possibilidade de ser interrompido. Poderá usar velas, incenso ou música própria para tornar o local mais acolhedor para si. Também poderá praticar no campo, na praia ou em jardins públicos, desde que se sinta à vontade para tal.

Vista roupa confortável e sente-se num colchão de ginástica ou em almofadas, com os joelhos no chão, os pés em cima das coxas e a coluna direita. Se preferir, poderá sentar-se numa cadeira ou deitar-se. Pode fechar os olhos ou mantê-los abertos.

Comece por 3 minutos no mínimo e vá evoluindo. Hoje em dia, além dos cronómetros existem aplicações para telemóveis que o ajudam com sinais sonoros ou música a controlar e aumentar o seu tempo de meditação. É recomendada a prática diária. Para tal, poderá encará-la como a lavagem dos dentes. Com os benefícios que começará a notar senntir-se-á motivado para praticar cada vez mais.

Existem muitas técnicas possíveis e cada um de nós tem a sua predilecta. Aconselho-o a iniciar pelo relaxamento do seu corpo, depois de estar na posição que escolheu. Relaxe, faça três respirações profundas e concentre-se na sua respiração. Adopte a respiração abdominal imaginando que está a encher um balão na sua barriga quando inspira (4 segundos) e a esvaziá-lo quando expira (8 segundos). Permaneça neste estado de respiração consciente sentindo a ar a entrar pelas narinas e a sair pela boca entreaberta. Se quiser, pode rotular a sua respiração, dizendo mentalmente “dentro” quando inspira e “fora” quando expira. Vá aumentando o número de respirações ao longo do seu treino.

Após uma semana de meditação com respiração abdominal (que idealmente, com o treino já lhe é automática), acrescente a seguinte técnica: inicie a sua respiração abdominal e observe os seus pensamentos, emoções ou dados sensoriais (odores, ruídos, imagens, etc) sem os parar. Eles aparecem, mas deixe-os ir, não se julgue nem os agarre. Se permanecerem mais tempo, não se preocupe, deixe-os ir. Permaneça assim o tempo da sua meditação e sinta-se mindful.

Vá, não hesite, medite!

Catarina Barra Vaz – Psicoterapeuta e neuropsicóloga