Adolescência, a idade ingrata ou excepcional?

Adolescencia

Adolescere: em latim significa crescer. Efectivamente, a adolescência é uma etapa de crescimento que se caracteriza pela fase de transição da infância para a vida adulta.

Os limites cronológicos da adolescência são definidos entre 10 e 19 anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a idade da adolescência varia individualmente e culturalmente.

Ao nível fisiológico, as grandes mudanças são as transformações dos órgãos sexuais que se desenvolvem na puberdade. A duração deste período depende de raparigas para rapazes sendo que na rapariga depois da primeira menstruação, aparece um abrandamento significativo do seu crescimento, e pelo contrário, no rapaz depois da primeira emissão de esperma, ocorre ainda um crescimento que dura cerca de 3 anos.

Em Portugal, a idade de puberdade é considerada, para rapazes entre 10 e 13 anos e para as raparigas entre 11 e 14 anos.

Recentemente, no livro “La reproduction animale et humaine” (2014), Nicolas Roux escreve no capítulo sobre a evolução da idade da puberdade nas raparigas que baixou dos 17 anos na metade do seculo XIX para 13 anos na metade do seculo XX, sendo o indicador a data da primeira menstruação.

O estudo de “Sorensen e al” (2012) também mostra que existe uma diminuição progressiva da idade da puberdade nas raparigas ao ritmo de 2,5 a 4 meses por ano ao longo dos últimos 25 anos. Tudo indica que também sucede uma alteração da idade da puberdade ao longo dos seculos sobretudo evidenciado nas raparigas.

Do ponto de vista da psicologia do desenvolvimento, o início da adolescência é definido pela maturidade sexual. O fim é caracterizado, não pelas mudanças de ordem fisiológica, mas pelas de ordem sociocultural, isto é, pela entrada no mercado de trabalho e pelo assumir de funções sociais de adulto, como por exemplo, poder formar uma família. Por esta razão, por vezes já se considera que a adolescência pode ir até aos 25 anos…

Desta forma, o estabelecimento de uma idade para a adolescência torna-se variável devido às diferenças individuais, culturais e temporais.

O termo “adolescência” é utilizado no contexto científico em relação ao processo de desenvolvimento bio-psico e social. A dificuldade da definição do conceito é agravado pela existência de preconceitos entre “a idade das asneiras e a idade perfeita” sem esquecer que, muitas vezes, também lhe surge associada a ideia de vandalismo, delinquência, droga, entre outros.

A adolescência é um período da vida humana determinado pela profunda transformação fisiológica, psicológica, intelectual e sócio-moral.

As transformações fisiológicas são da responsabilidade do sistema endócrino que controla as hormonas emitidas pelas glândulas sexuais. Nas raparigas, as hormonas principais são o estrogénio e a progesterona, e nos rapazes a testosterona. As mudanças corporais dão-se, não só a nível dos órgãos genitais, como também ao nível anátomo-fisiológico.

Verifica-se também um crescimento acentuado dos ossos da mão e dos pés, e um aumento do coração e dos pulmões. Em geral, os membros superiores e inferiores e a cabeça aumentam mais rapidamente do que o tronco. Estes diferentes ritmos de desenvolvimento trazem uma desigualdade por vezes observável nos movimentos desajeitados dos jovens.

Estas enormes alterações anátomo-fisiológicas influenciam significativamente o adolescente ao nível psicológico, pois tem um enorme impacto na forma como o adolescente se vê. A imagem que tinha do seu corpo, enquanto criança, muda de forma relativamente rápida. O adolescente procura então perceber-se e aceitar-se com essa nova representação física. A adolescência é deste modo um período de adaptação ao seu novo corpo e identidade.

O artigo escrito em 1993 por Bolognini, M., Plancherel B., Nunez R., Bettschart W, (Lausanne, Suisse) sobre um estudo longitudinal (1989-1991) mostra que esta passagem é também “um período de grande stress”. Refere que o adolescente está confrontado com múltiplas mudanças físicas, a escolha da orientação escolar, o desenvolvimento das novas funções, e as modificações das relações com os pais e com os amigos.

De facto, a sociedade exige ao jovem que tome muitas decisões para as quais ainda não está completamente preparado.

Acrescente-se, ainda, todo o processo complexo de desenvolvimento da sexualidade e da identidade sexual em simultâneo com a pressão para evitar comportamentos de risco que conduzam a doenças ou gravidezes indesejáveis, isto é, a exigência de uma sexualidade responsável, integrando a contracepção nas suas relações.

Relativamente à sexualidade, os adolescentes não tomam as providências necessárias por não medir correctamente os riscos e as suas consequências. Desta forma, frequentemente, não estimam adequadamente as possibilidades de engravidar, ou mesmo, de contrair doenças sexualmente transmissíveis, nem avaliam realisticamente as consequências.

Perante tantas solicitações, os adolescentes comportam-se de forma diferenciada à procura de se auto-afirmar. Por vezes, vestem-se ou falam de forma diferente, até mesmo para vivenciarem o choque com os adultos, numa tentativa de se perceberem como diferentes e enquanto seres individualizados. Isto não são mais do que tentativas para descobrirem o seu próprio espaço identitário.

Muitos dos comportamentos dos adolescentes incluem sonhar, isolar-se, escrever, pintar, tocar instrumentos, ouvir música. Todos eles contribuem para a satisfação de necessidades internas de auto conhecimento e do seu desenvolvimento emocional.

As transformações também se dão ao nível intelectual. Desenvolve-se o pensamento formal que corresponde ao aprender e relacionar conceitos abstractos e que passa por interrogar, desenvolver o raciocínio hipotético dedutivo, argumentar e criticar. Todas estas capacidades cognitivas de abstração permitem alargar as perspectivas do adolescente, como o aprender a reflectir antes de agir, exprimir argumentos para lutar pelas suas ideias e saber discuti-las. O adolescente procura uma exigência de coerência nas discussões, no questionamento dos problemas, sabendo distanciar-se relativamente aos conflitos emocionais e tentando abstrair-se deles. O jovem defende uma filosofia de vida que lhe seja importante para a formação dos ideais pessoais. Tudo isto para ter um melhor entendimento de si próprio e do mundo que o rodeia.

Esta competência intelectual leva o adolescente a interessar-se por problemas éticos, ideológicos e sociais. Neste sentido, efectua também uma mudança a nível socio-moral. Defende as suas ideias e opta pelos seus valores sociais próprios. Lealdade, coerência, justiça social, liberdade e autenticidade são alguns dos valores defendidos. Quando o adolescente se apercebe de que a sociedade não está em conformidade com os valores que defende, revolta-se e opta facilmente por uma atitude muito radical, manifestando-se de várias maneiras. Procura quase sempre uma perfeição moral da sociedade e dele próprio.

Todas estas alterações, tanto psicológicas como intelectuais e socio-morais, trazem ferramentas para enfrentar os desafios da vida adulta. No entanto, a adolescência não é um período fácil. Os sentimentos são frequentemente muito fortes, novos e problemáticos. Os adolescentes vivem com estas novas pulsões, que por vezes são tão fortes, que os levam a ter comportamentos radicais.

A grande pergunta nesta fase é: “Mas quem sou eu?”

A esta dúvida junta-se, por vezes, a dificuldade do adolescente encontrar a sua identidade ao nível da sua orientação sexual. A orientação sexual reporta-se à atração para o sexo oposto, o mesmo sexo ou para ambos os sexos. A dúvida de orientação ocorre por encontrar dificuldade em gerir as suas pulsões e a sua identidade. Por vezes, as várias experiências tem apenas como objectivo a descoberta de si e do outro. As experiências homossexuais e/ou heterossexuais não definem, por si só, a orientação sexual, pois podem fazer parte da exploração do processo de identidade e orientação, podendo ser temporárias.

Se essa mesma pergunta for vivida intensamente, pode ainda criar um mau estar geral e um vazio tão grande que os adolescentes passam por uma fase de depressão podendo mesmo pensar no suicídio. Felizmente estas sensações difíceis também podem ser efêmeras. No entanto, convém estar atento aos sinais de mal-estar prolongado e examiná-los com o devido cuidado.

O período da adolescência é um período que deveria ser alvo de maior atenção e cuidado por parte das escolas e das instituições de saúde pública.

Por outro lado, convém não esquecer que o desenvolvimento intelectual do adolescente se pode destacar da normalidade.

Muitos dos grandes ideais da humanidade vieram dos jovens. Temos que agradecer aos adolescentes as suas atitudes que permitem e contribuem para a evolução da sociedade. São os jovens que empurram as pessoas mais velhas e mais resistentes à mudança.

Embora a adolescência seja considerada uma fase ingrata, é na realidade uma fase em que os adolescentes investem e impulsionam as sociedades. É uma idade extraordinária.

Obrigada adolescência.

“Toda a gente é uma estrela e tem o direito de brilhar.” – Marilyn Monroe

Magali Stobbaerts – Professora de Yoga e Psicoterapeuta

 

Discriminação na nossa era

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Na semana passada ouvi a seguinte notícia: “Um jovem homossexual de 21 anos atirou-se do 11º andar de um prédio”.

            Não é a primeira vez que ouço um anúncio deste tipo, mas desta vez, não me foi possível ficar indiferente a uma notícia tão violenta.

            Como disse o autor Dostoïevski: “Todos os homens são responsáveis, e eu mais que os outros”. Considerando que escrever sobre o assunto é uma forma de responsabilização, decidi fazê-lo debruçando-me sobre a questão da homossexualidade.

            Enquanto psicoterapeuta, a minha contribuição é tentar perceber a pessoa na situação e, em seguida, propor algumas ferramentas úteis e simples para evitar que um jovem sofra tanto, ao ponto de pôr fim à sua vida.

            Neste sentido, pretendo ajudar também a esclarecer qualquer pessoa interessada pelo assunto, como por um exemplo, um familiar ou um amigo.

            A definição etimológica de homossexual é a seguinte:

  • Homo: quer dizer igual, semelhante, do mesmo modo, (em grego antigo, “μός “, homos).
  • Sexual: referente ao sexo, (em latim “Sexu”, quer dizer sexo).

            No dicionário da Porto Editora, a definição de homossexualidade é a “atracção sexual entre indivíduos do mesmo sexo”. A definição no Wikipedia acrescenta que é também “o que sente atracção física, estética e ou emocional para outro ser do mesmo sexo ou género”. Aliás, também menciona que a homossexualidade faz parte da sexualidade humana e que estes comportamentos se encontram igualmente no reino animal nomeadamente nalguns mamíferos.

            A homossexualidade é uma das quatro categorias de orientação sexual: heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade e assexualidade. Dentro da categoria da homossexualidade, existem vários tipos de homossexuais: lésbicas, gays, transexuais, intersexuais.

Ao tentar categorizar os comportamentos de orientação sexual de uma pessoa, estas categorizações podem tornar-se confusas. Pois, o comportamento depende não só da forma de pensar e sentir a vida como também do padrão transmitido pelos pais, pela sociedade e ainda da cultura em que se enquadra. O comportamento pode até alterar ao longo da vida.

            Na tentativa de compreender o comportamento sexual dos humanos, o investigador Kinsey pesquisou e apresentou 2 relatórios relacionados com o comportamento sexual humano; um sobre o homem em 1948, e, outro sobre a mulher em 1953. Estes resultados salientaram que os hábitos sexuais dos americanos eram muito mais liberais do que se imaginava na época.

            Relativamente ao comportamento sexual do homem, os estudos demonstraram que 10% dos homens americanos eram predominantemente homossexuais independentemente dos tipos de profissões e dos níveis sociais.

            Com objectivo de avaliar o comportamento sexual do homem, o Kinsey criou uma escala de avaliação homossexual e heterossexual de 6 níveis. A grande novidade da escala de Kinsey é de ter estimado que a homossexualidade existia num continuum mais do que na separação entre os homossexuais e os heterossexuais. Alias, é desta forma introduzido o conceito da bissexualidade.

Esta escala de avaliação da sexualidade evita a categorização de uma pessoa num grupo específico de orientação sexual, dando a possibilidade de traduzir melhor a realidade, com uma maior variedade de possibilidades de orientação sexual.

            Em 1952, a Associação Americana de Psiquiatria (AAP) considerou a homossexualidade como uma desordem patológica. Os profissionais de medicina e da saúde mental evidenciaram que o facto de ser homossexual não constituía obstáculo nem para trabalhar, nem para estabelecer relações interpessoais, nem para obter uma vida saudável e feliz. Em 1973, a associação (AAP) retirou a homossexualidade do DSM (Manual de Diagnostico e estatística de Doenças Mentais). No entanto, só em 1990, é que a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a homossexualidade da classificação internacional de doenças. A homossexualidade deixou então de ser considerada como uma doença. O facto de ter sido retirada a homossexualidade do DSM e da lista OMS reforça a ideia de que uma pessoa atraída pelo mesmo sexo não pertence a um grupo diferente dos outros seres humanos.

            No que diz respeito à legislação em Portugal, a homossexualidade foi descriminalizada em 1982. Em 2001, as Uniões de Facto são estendidas a casais de pessoas de mesmo sexo.

            Em 2004, a orientação sexual é incluída na Constituição Portuguesa como um princípio de igualdade. O artigo 240 do novo Código Penal de Setembro de 2007 considera crime qualquer forma de discriminação de orientação sexual.

            Desde Março 2011, depois de muitos anos de violações de Direitos Humanos, as pessoas transexuais têm finalmente direito à escolha da sua identidade sexual.

            Importa referir que ainda no nosso século a persecução da homossexualidade é punida em 80 países e condenada à morte em 9 países.

O livro chamado “Parler de l’homosexualité”, escrito pelo pastor Philippe Auzenet, descreve o comportamento homossexual demonstrando que não existe uma única homossexualidade mas vários tipos de homossexualidades. Porém, o autor ao tentar encontrar as razões que tornaram a pessoa homossexual, como por exemplo a disfunção familiar, acaba por reduzir a pessoa a uma causa e discrimina-a. Logo, a caracterização da causa é tão discriminatória quanto o categorizar das diferentes orientações sexuais.

A maioria dos estudos realizados neste domínio tenta categorizar as pessoas segundo as suas orientações sexuais. O problema da discriminação por grupos leva a que uma pessoa não se sinta não integrada e consequentemente rejeitada, além de traduzir dificilmente a realidade vivida.

            Contudo, a autora Marina Castaneda que escreveu um livro, “Comprendre l’homosexualité”, salienta sobre a identidade homossexual que o mais importante não é a pessoa se definir como homossexual ou heterossexual, mas antes deixar que a pessoa se identifique como ela própria o sente e pense. Essa abordagem acentua que a pessoa tem que se encontrar e identificar em função dela mesma independentemente das suas orientações.

            A escala de Kinsey proporciona uma solução por evitar a discriminação uma vez que não existe um limite que separa um grupo de outro.

            No sentido de intervir por forma a evitar a discriminação é fundamental que uma pessoa que possua uma atracção por alguém do mesmo sexo, não se sinta diferente dos outros, sobretudo quando se fala na adolescência que é a fase em que a integração nos grupos se torna elementar para a construção da identidade do futuro adulto. O “coming out”, ou seja, deixar de esconder a sua orientação sexual na época da adolescência, é uma fase muito vulnerável para a pessoa porque está fragilizada com a eventual hostilidade de colegas especialmente em meios escolares, ou ainda, com o medo da reacção dos pais.

            A vulnerabilidade da pessoa pode rapidamente transformar-se em depressão e até pode levar a comportamentos de risco como o uso de substâncias ilícitas. A notícia mostra quanto o risco pode ser elevado para uma pessoa que se sente discriminada. Muitas organizações homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais e intersexuais afirmam que o risco de suicídio é muito mais elevado para pessoas com orientações sexuais não heterossexuais por estas serem mais usualmente rejeitadas.

            O presidente dos Estado Unidos de América, Barack Obama apoia uma campanha contra o bullying e fez um discurso em 2010, relativo a perseguição de jovens homossexuais nas escolas. Neste discurso diz, “não estás sozinho, não fizestes nada de mal, não mereces ser mal tratado e tens o mundo inteiro à tua espera, cheio de possibilidades”.

O discurso do presidente Obama transmite a ideia de que qualquer jovem tem o direito de pensar e sentir livremente, não devendo ser a sexualidade uma razão para se ser ou se sentir rejeitado. Ao mesmo tempo, realça a importância de se sentir integrado na sociedade. É uma mensagem de esperança com compreensão da situação por um lado e, por outro lado, um sentido de não discriminação. Desta forma, apoia os jovens que se sentem diferentes, rejeitados e abandonados. A forma de abordar a problemática, que foi mostrando compreensão, é uma maneira de prevenir o sofrimento.

O psicoterapeuta humanista, Carl Rogers, (1902-1987) – autor da terapia centrada na pessoa – destaca que o papel do psicoterapeuta é de ajudar a pessoa a encontrar o seu caminho. Para este efeito, ele valoriza a cooperação no processo psicoterapêutico cujo objectivo é tornar a pessoa ela mesma, libertando-se deste modo de sofrimento. Este método é também eficaz em qualquer tipo de relacionamento: na educação entre professor e aluno, no trabalho, na família, nas relações interpessoais.

No âmbito de facilitar o relacionamento de ajuda, o psicoterapeuta intervém segundo 3 dimensões que são definidas por Carl Rogers da seguinte maneira: a consideração positiva incondicional, a empatia e a congruência.

  • A consideração positiva incondicional é aceitar a pessoa tal como ela é no aqui e agora. É igualmente exprimir uma apreciação positiva sobre ela. Desta forma, a pessoa sente-se um ser humano como os outros o que lhe traz afecto e, igulamente, incentivo para continuar.
  •  A empatia consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro, utilizando a reformulação ou a repetição dos elementos chaves da situação.
  • A congruência refere-se a coerência interna do próprio psicoterapeuta no sentido do outro sentir a autenticidade e sinceridade de outra pessoa.

Ao usar estas 3 dimensões de cooperação, qualquer pessoa pode aliviar alguém em sofrimento.

Igualmente é importante intervir junto destas pessoas, desenvolvendo uma relação de confiança para facilitar que a pessoa se abra e que se encontre.

É extremamente importante que as pessoas mais próximas, tais como pais e amigos, não neguem, nem rejeitem os sentimentos e pensamentos da pessoa, que normalmente já se sente rejeitada e discriminada. Desta forma contribuem para um sentimento de reconhecimento da pessoa, desenvolvem a auto-confiança e evitam o aumento do sofrimento da pessoa.

Convém também intervir no sentimento de vergonha que a pessoa sente pelo mau estar da sua identidade. O apoio é no sentido de transformá-lo num sentimento de orgulho. Ao libertar-se do sentimento de vergonha, a pessoa cresce com um sentimento de auto-confiança e desta forma afasta-se do sentimento de discriminação.

            O objectivo principal é o de conseguir aceitar-se a si próprio tal como se é, viver a vida amorosa e sexual de forma saudável.

            A frase de Neitzsche “Torne-se em quem você é” é o objectivo principal da ajuda para os jovens que se sentem discriminados.

Magali Stobbaerts – Psicóloga Clínica  e Psicoterapeuta