Aceitação

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Aceitar o que o presente nos dá, a nossa história pessoal, as nossas vulnerabilidades e os nosso erros é muitas vezes um processo doloroso mas sem ele dificilmente conseguiremos estar plenamente no aqui e no agora.

Errar faz parte da condição humana e é uma fonte preciosa de aprendizagem. De facto aprendemos em todos os caminhos principalmente nos piores ou mais difíceis que muitas das vezes são os que nos tornam mais resilientes e nos obrigam a evoluir.

Esta auto-aceitação deve ser activa e validante ou seja, não uma resignação e desistência de si ou dos outros, caso contrário não haverá espaço para a mudança e crescimento pessoal.

A aceitação de acontecimentos, traumáticos ou não, da nossa história pessoal é também crucial para o nosso bem-estar psicológico. Todas as nossas experiências contribuem para o que somos e ao apagarmo-las ou recalcarmo-las da nossa memória consciente, estamos também a negar o que somos, incluindo as nossas qualidades.

Muitos dos pedidos em psicoterapia prendem-se com o desejo de mudar algo no próprio, com o qual se sente insatisfeito. Esta mudança só poderá ocorrer depois de nos aceitarmos. Muitas vezes basta esta aceitação para surgirem as mudanças desejadas. Por exemplo, quem deseja ser menos ansioso, ao aceitar a sua própria ansiedade simbolizando-a e integrando-a deixa de ficar tão constrangido com a mesma, baixando os níveis desta.

Assim, como OSHO postula, “Aceite-se como é, você é único, incomparável”.

Catarina Barra Vaz – PSICÓLOGA CLÍNICA E PSICOTERAPEUTA

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