Stress

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Stress

Parte 1 – O que é?

A sociedade moderna encara, na maior parte das vezes, o Stress como algo negativo, mas, na sua definição, “o Stress é um conjunto de reacções orgânicas e psicológicas de adaptação que o organismo emite quando é exposto a qualquer estímulo que o excite, irrite, amedronte ou o faça muito feliz (Hans Selye) ”.

Determinados acontecimentos de vida de vários tipos como viuvez, divórcio, doença ou incapacidade física, casamento, desemprego, guerra, catástrofes naturais, nascimento de um filho, excesso de trabalho, entre outros provocam um desequilíbrio entre as solicitações que são feitas ao individuo e os recursos de que dispõe para lhes responder.

Biologicamente, face a este desequilíbrio, a hormona cortisol é produzida e libertada, aumentando a pressão arterial, o açúcar no sangue e a tensão física e psicológica. O organismo entra em modo de sobrevivência parando de renovar células e tecidos para concentrar toda a energia que consegue.

Contudo, na maioria das vezes temos e conseguimos utilizar estratégias de coping (enfrentar/lidar) para restabelecer a ordem interior, eliminando o stress. Assim, o stress só constitui um risco para a segurança e a saúde quando se torna persistente.

Podemos então diferenciar vários tipos de Stress (usando a terminologia anglo-saxónica):

Stress agudo: em situações extremas, normalmente de perigo de vida, como cenários de guerra, catástrofes naturais e acidentes em que é desencadeada a resposta de luta ou fuga

Stress crónico: oriundo da vida diária como contas, filhos, trabalho, etc., quando ignorado e persistente.

Eustress: originado por acontecimentos de vida positivos como nascimento de um filho, casamento, promoção, etc.

Distress: com origem em acontecimentos de vida negativos como viuvez, divórcio, desemprego, dificuldades no trabalho, etc.

Deve-se ressalvar que por vezes, níveis de stress medianos aumentam e melhoram o desempenho do indivíduo.

Nos casos de distress, especialmente crónico, podemos destacar vários efeitos no indivíduo:

-Emocionais: irritabilidade, ansiedade, perturbações do sono, depressão, hipocondria, alienação, esgotamento, problemas familiares;

-Cognitivos: dificuldades de concentração, de memória, de aprendizagem e de tomada de decisão;

-Comportamentais: impulsividade, abuso de substâncias, perda de apetite ou grande aumento;

-Fisiológicos: dores lombares, défice imunitário, úlceras, problemas cardíacos, hipertensão, anergia, problemas de pele.

No próxima publicação abordarei estratégias de regulação do stress por forma a, caso se encontre em stress, possa viver de uma forma mais equilibrada e consequentemente, com maior bem-estar.

Catarina Barra Vaz – Neuropsicóloga, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta

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